Sínodo, uma experiência de fé: comunhão, participação e missão.
Sensibilidade vocacional será o nosso norte neste ano medular de caminhada sinodal. Ano em que comemoramos os 40 anos desta revista, comemoração a que também conferimos um caráter realmente sinodal. Como de¬sejamos caminhar em comunhão e com a participação de todos os leitores na nossa missão vocacional, importa bem escla¬recermos o que é para nós sensibilidade nesse propósito editorial: é a presença de todas as emoções – alegria, esperança, tristeza, certeza, dúvida, angústia, consola¬ção, tribulação, coragem, medos, gratidão, raiva, compaixão, apatia, empatia etc – e de todos os sentidos, desde os clássicos até os de outras dimensões de nossa percep¬ção – visão, audição, tato, paladar e olfato, e dimensão intelectual, psíquica, racional, espiritual etc. E o que tudo isso tem a ver com vocação? Eis a pergunta que é nosso farol, e que já pisca na seção “Discernir” deste número. Os Evangelhos relatam que Jesus realizou dezenas de curas dos senti¬dos, e todos conhecemos esses relatos. Mas queremos reavivar, iluminar, fecundar essa Boa Nova para refletir em profundidade o significado dessa cura dos sentidos em nossa missão vocacional, como agentes ou pacientes. É uma pretensão que buscamos com a humildade de quem diz: Senhor, se queres, eu posso ser curado! Para todos vi¬vermos em plenitude. Ou haveria “vida em abundância” sem a presteza dos sentidos, todos eles, restaurados por Jesus?