O cultivo das vocações missionárias

Neste Mês Missionário 2024, o papa Francisco destaca dois verbos em sua mensagem, “ide” e “convidai”, e repete com insistência o pronome indefi¬nido “todos”, presente no tema bíblico da mensagem. Há muito o que fazer, já que a lista de convidados não exclui ninguém. Por isso, é tão importante pensarmos na animação vocacional à missionariedade a partir da auto animação, avançando para a compreensão da necessidade de sermos todos – com a mesma insistência do papa, todos – animadores vocacionais. Sermos protagonistas, inclusive, da própria anima¬ção à missionariedade. Quero ser animado por alguém, mas também quero me animar e cultivar em mim, pelo múnus de profeta, sacerdote e rei, a vocação de missionário. Como batizados, estamos todos marcados para a missão da construção do Reino. A missão é convidar a todos, mas é também para participar junto do banquete. Quem quer ficar de fora de uma festa, de uma grande confraternização, “comes e bebes”, abundância, alegria e paz? O que nós ficamos esperando? Convite, oportunidade, dinheiro sobrando, um tempo propício? E com toda a liberdade para trazer todo mundo para a festa, por que não saímos convidando e acolhendo todas as juventudes, todo mun¬do? A seção Animação Vocacional nos guia nessa reflexão, para que despertemos em nós, com maior intensidade, a consciência da missão universal da Igreja, com “olhos de ver”, conforme leremos na seção Discernir. Assim como também a seção Conexões, alinhando diversos documentos do papa e da Igreja, para dizer que a missão não é circunscrita a tempos ou espaços. É ins¬trínseca à Igreja e à vida de todo batizado, contínua e sinodal. Que sejamos todos bons missionários, sempre!